quinta-feira, 29 de abril de 2010

Velhos tempos...

Voltando as décadas de 60/70/80....
Na época em que não existia Bates Papos on-line, Orkut, MSN, Celulares entre outras tecnologias de comunicação encontradas no mundo globalizado.
Apesar de não ter vivido nessa época, os relatos dos meus familiares e os relatos históricos dessa maravilhosa época de um certo modo desperta uma curiosidade, uma vontade de saber no modo prático como seria viver em uma sociedade onde muitos ideais eram sonhados compartilhadamente em massa, e o espírito de mudança e igualdade rodeavam as mentes da maioria dos jovens.
Ps:Deixando claro que os meios de comunicação que citei são sim, indispensáveis no mundo moderno, com todos os avanços e as facilidades que oferecem para a vida.
Porém, imaginar como seria ter vivido tudo isso não irá fazer mal algum nem dispertar nenhum estudante psicótico a atirar em seus "Coleguinhas".
Vamos lá, voltemos ao tempo por uns instantes!
Imagine acordar em um sábado, sair de sua casa (sem grades), passar diante de crianças brincando de pique, ir até o vizinho encontrar a turma para ouvir o novo vinil dos Beatles, Chico, Cartola, e outros mestres. Ensaiar com a sua banda de rock com vários amigos presentes para ouvir o som... Se preparar para ir com aquela menina no baile (não é o de funk), Onde todos estariam dançando o mesmo tipo de música (não é o creu) e você a convidaria pra dançar junto a você, enfim...
Percebemos um romantismo típico da época, misturado com o clima realmente revolucionário, pois a ditadura desapertava a união do povo. (Tinha que ter algo de bom nisso também né)
Bem, está claro que o contato físico com as pessoas era evidente, pois teriam que se encontrar para conversar, se olhar, namorar, o que quer que seja....
Hoje esse tipo de contato chega a ser totalmente dispensável para muitas pessoas, pois podem se comunicar pela internet e os meios de comunicação online. Faz sentido, ficar no conforto de sua casa, e poder conversar com várias pessoas ao mesmo tempo, tudo é muito facilitado!
Inclusive os relacionamentos e as amizades, que sinceramente são expostos ao ridículo por muitos... Horas se passam em minutos, as conquistas amorosas e de amizade são banalizadas e ultrapassadas por esses meios. Emoticons substituem sorrisos e "Eu te amo" está presente em qualquer SCRAP! Se não estiver "namorando" no orkut, você não a ama, se não tiver uma foto sua no orkut, CUIDADO, você pode estar sendo chifrado...
Sim, muitos seguem intensamente essa onda, porém ainda temos as pessoas que prezam os valores morais de si próprios e não se deixam levar. Digo isso porque também faço parte desse sistema e me incomodo com isso! hehe
Enfim, acho que cada um deve se guardar, para não se banalizar dentro disso, bem é só a minha opinião.
Mas é isso, desligue um pouco isso ae, vai fazer bem! hehe

OPEN YOUR EYES!




Henrique Sant'Anna

domingo, 18 de abril de 2010

Ética e Moral

Ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade. (wikipedia) 

Moral deriva do latim mores, que significa "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega êthica.
"Moral" não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para o gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava deêthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores. (wikipedia)

Sem duvida o que os religiosos mais contestam sobre as pessoas que não o são é sobre sua ética, será possível que ateus e descrentes tenham ética se eles não tem medo de uma punição divina? A minha resposta é sim, e para mim isso é a verdadeira ética, uma ética que não é imposta, que não sofre influencia de nenhum temor, que apenas é assim porque é o caminho escolhido e não porque alguém pregou que se não o fizesse seria punido pela eternidade por um ser castrador e impiedoso e ao mesmo tempo onisciente e bondoso. Será que talvez o que deva ser revisto é o significado de ética?

"Faze o que tu queres será o todo da Lei."

Yago Franco

Postagem modificada a pedidos.

Apologia

“Enquanto, o homem amar um fantasma no céu mais do que ama o seu próximo, nunca haverá paz sobre a terra; enquanto o homem adorar um tirano como sua ‘Paternidade Divina’, nunca haverá a ‘Irmandade dos Homens’. Você deve fazer a escolha, deve tomar sua decisão. Deus ou o homem? Igrejas ou lares? Preparação para a morte ou felicidade por viver?” (Joseph Lewis).

Outro dia um amigo meu me disse: - Vi se blog contra religião. Perguntei: - Blog contra religião? Ele: - É o Nada Divino. Achei errado isso de ficar impondo a descrença às pessoas, religião é importante...
Quero deixar bem claro que Eu não imponho nada, expresso minha opinião (que alias é a idéia do blog) se alguém achar que foi ofendido por ela não posso fazer nada, tenho direito de me expressar e se alguém gostar e quiser segui-la, que bom, faça um bom proveito. Não pretendo mudar a opinião ou os princípios de ninguém, mas sim desejo despertar a vontade de contestar o que acha errado a cerca da sociedade, do sistema, do estado e da religião se necessário.

Já aconteceram comigo uma serie de fatos engaçados. Como a alguns dias quando ao comprar em uma padaria alguns produtos, a senhora os colocou em uma sacola plástica e jogou dentro um papel, não dei muita atenção, até que cheguei em casa vi o que era. 
Em outra bateram a porta da minha casa para me falarem sobre a palavra da bíblia e quando respondi que não acreditava na bíblia a senhora disse que eu iria para o inferno e quando respondi que também não acreditava em céu e inferno ela se revoltou e foi embora me ofendendo.

Agora eu pergunto: Porque não posso fazer apologia do Meu pensamento?
Se eu falo minha opinião as pessoas ficam indignadas. Sou a favor da liberdade de expressão, se quiser me falar sobre suas crenças, suas idéias ou mesmo de seus amigos imaginários não vejo problema. Mas por favor, dê-me o direito de me expressar também. Eu tenho direito de questionar a forma que a religião funciona a forma com que templos roubam o dinheiro do povo (e meu) e a forma com que isso causa uma alienação e faz uma lavagem cerebral nas pessoas, não sou contra o direito de crer em deus ou em qualquer outra divindade, mas me de o direito de crer em mim e de ser feliz da minha forma e de, acima de tudo, poder me expressar da forma que desejo.


"Faze o que tu queres será o todo da Lei."

Yago Franco

O desafio do Estado laico e a religião perante a Constituição

O Estado brasileiro se declara isento de religião, laico. A dificuldade de cumprir esse ditame constitucional remonta a uma discussão profunda sobre as bases do Direito. Inicialmente, atenhamo-nos então às funções do Estado, que basicamente se limitam ao que define o artigo terceiro da Constituição:

I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II. Garantir o desenvolvimento nacional;

III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Pelo inciso IV, em “quaisquer outras formas de discriminação”, inclui-se a religiosa, chegando à conclusão que o princípio da igualdade (artigo quinto, “caput”) aplica-se à religião. Note-se que não há qualquer disposição no sentido de promover determinada religião ou mesmo a religiosidade, mas sim uma orientação à proteção, tal qual se protege a liberdade de expressão. A ideologia envolvida nessa concepção estatal é a do Estado Democrático de Direito que inclui a religião naquele âmbito de proteção do indivíduo frente ao Estado, ou seja, como um direito individual sobre o qual o Estado não pode agir de maneira incisiva, impositiva, embora seja seu dever fazê-lo com o fim e nos limites necessários à sua garantia. Isso é exatamente o que expressa o artigo quinto em seu inciso VI:

“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.

Avança na questão a Lei Maior no inciso seguinte:

“é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”.

Dessa forma, o que se visa é proteger a religiosidade enquanto direito, enquanto prerrogativa do sujeito. O Poder Público não pode apartar absolutamente o sujeito do contato com sua religiosidade, suas práticas e seus cultos.

Por fim, o inciso VIII:

“ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa (...), salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.

Aqui o Ordenamento afirma a sua superioridade sobre a religião. A religião não é desculpa para qualquer conduta, ou seja, o indivíduo não pode agir contrariamente ao Estado mesmo que esteja amparado por sua crença religiosa. É nada mais do que a afirmação de que o Direito se sobrepõe à moral, ou pelo menos, tem um caráter mais coercitivo.

Desse modo, primeiramente temos que reconhecer a religião como, senão o principal, um dos principais componentes da moral. Moral aqui entendida como em seu sentido subjetivo, individual, como instrumento pessoal valorativo de condutas. O aspecto religioso envolve as crenças mais fundamentais (e comumente menos racionais, mais dogmáticas e de difícil debate) de um sujeito: sua concepção de mundo, o sentido da vida, o aceitável e o reprovável das condutas humanas, etc.

A crença em algo transcendental importa em uma série de imposições, restrições ou sugestões quanto ao modo de agir do sujeito, o que reflete sua importância na configuração moral. Orientando a moral, é de notória relevância na definição da escala de valores que o indivíduo adota, inclusive, que a sociedade adota. Ora, em um Estado laico, a religião só pode atuar sobre o Estado (e, na nossa perspectiva, sobre o Direito) através da moral. Daí observam-se duas possibilidades: numa consideração da moral de cada indivíduo, ela age diretamente no Ordenamento Jurídico; e indiretamente quando consideramos a moral social (não considerada aqui como uma moral única, mas apenas como a soma das morais individuais) no campo consuetudinário.

No primeiro caso, tratamos daqueles sujeitos que têm uma função que lhe atribui poder frente ao ordenamento: os parlamentares, os chefes de executivo, os Ministros, esse tipo de gente... gente importante, enfim. Atualmente é aceito com razoável consenso doutrinário que o Direito não se pode estabelecer nem se concretizar desprovido de valores, como bem demonstra a teoria tríplice da norma jurídica de Miguel Reale (a norma é o fato valorado). Ao tomarem suas decisões, esses sujeitos estarão se valendo, obrigatoriamente de valores, ou seja, de moral, ou seja, de religião! Por isso é importante buscar-se como afirmava Kant, uma separação entre a moral e o Direito. Devem-se buscar normas que possibilitem a boa convivência e a liberdade entre os sujeitos, tendo em vista que essa é a razão social do Estado.

Já no segundo caso, abordamos a questão da influência religiosa a partir da práxis, do pragmatismo, do cotidiano. A empiria social se reflete de modo mais imediato no Direito através dos costumes, reconhecidos como fonte secundária do Direito. Assim, por exemplo, o Estado laico aceita que seus feriados tenham nomes de santo, bem como suas cidades, ou que haja um crucifixo na Câmara de Vereadores.

Se a Constituição pretendia criar um Estado que se abstém de intervenção religiosa, começou muito mal, pois em seu preâmbulo estampa que a mesma foi promulgada “sob a proteção de Deus”! Aqueles que promulgaram acreditavam em Deus, e em apenas um deles. Isso já exclui os politeístas e os ateus, além daqueles que consideram que o seu Deus não protege tal diploma.

Texto escrito pelo amigo Luan Melo do curso de direito da Universidade Federal de Juiz de Fora.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O estado laico e a imposição religiosa

Um estado laico é um estado sem influencia de religião, ou seja não concede privilégios a nenhuma doutrina religiosa e não difere os indivíduos por suas crenças, diferentemente do estado ateu que declara que deus não existe e proíbe a existência de religiões, como a extinta união soviética. O estado laico não proíbe e nem impõe a religião, apenas é independente dela. Em geral os paises ocidentais são laicos, inclusive o Brasil que é um estado declarado constitucionalmente livre de imposição religiosa.

Porem não é o que vemos por ai, No Brasil nós temos inúmeros feriados religiosos, temos aulas de ensino religioso, padres benzendo obras públicas, e até mesmo nossas cédulas que têm os escritos “Deus seja louvado” isso vai diretamente contra a idéia de um estado laico. Mas talvez você se pergunte: “Qual o problema nisso?” Tudo bem para mim não faz diferença, minha opinião não é influenciada pela mídia ou pelo estado, mas há um grave problema nisso, o atraso que a igreja causa. “Como?” Impedindo o estudo com células tronco, clonagem, ensino da teoria da evolução e principalmente a diferenciação entre ateus e religiosos e o preconceito com os não crente, como indica uma pesquisa realizada pela cnt-sensus, que mostra que 84% dos brasileiros votariam em um negro para presidente da república, 57% dariam o voto a uma mulher, 32% aceitariam votar em um homossexual, mas apenas 13% votariam em um ateu. Isso é extremamente grave, visto que a sociedade não julga o ateu como uma pessoa ética ou moral, pois o mesmo não tem “medo” de nenhuma punição divina , mas isso é assunto pra outro dia.

Aparência

"Uma rosa vermelha absorve todas as cores,
menos a vermelha;

Vermelha, portanto, é a única cor que ela não é.
Essa Lei, Razão, Tempo, Espaço,
toda Limitação, cega-nos à Verdade
Tudo o que sabemos sobre o Homem, Natureza, Deus,
é apenas aquilo que eles não são;
é aquilo que rejeitam 
como repugnante."

(Aleister Crowley, Liber CCCXXXIII, Cap. 40)

Bom, como já disse o ocultista inglês Aleister Crowley, a imagem sempre ofusca, bem como a própria imagem de Crowley que todos têm como "O homem mais perverso do mundo", poucos vêem que Crowley foi um filosofo e crítico social que pregava o libertarismo buscando livrar as pessoas das amarras impostas pela sociedade e pela igreja.
Muitas vezes julgamos as pessoas pela roupa que ela usa, ou pela casa que ela mora, ao invés de julgarmos suas idéias e seus pensamentos, sua personalidade. Nossos olhos se tornaram um poderosa arma de destruição em massa e estamos os usando da forma mais errada possível.
A visão nos deixa cegos e os preconceitos impostos pela sociedade potencializam essa condição. A imagem ofusca nosso pensamento e somos cada vez mais guiados pelo impulso do consumismo desenfreado.
Como disse Crowley, tudo o que sabemos sobre o homem, natureza e deus é apenas aquilo que eles não são, e assim é na sociedade, nossos olhos enxergam o que as pessoas não querem ser, enxergamos o mundo da forma que ele não é, e vemos deus como aquilo que ele rejeita como repugnante. Será que a solução é fecharmos os olhos? Ou tirarmos as vendas que nos cegam?

"Faze o que tu queres será o todo da Lei."
"Amor é a lei, amor sob vontade."


segunda-feira, 12 de abril de 2010

O céu não chora....

Desde os primórdios, nos deparamos com pessoas, principalmente membros de Igrejas em geral. Nossos queridos "Beatos"  que sentem a necessidade de impor o medo, a idéia de castigo, promessas de prosperar, sem fundamentos, como: Seguir mandamentos, enfim "A VONTADE DE DEUS". E serem recompensados por conta disso. A idéia de Paraíso, Céu, inferno, juízo final, apocalipse, entre tantas outras "Personificações", sim, pois essas teorias ganham um tipo de Vida como por exemplo se alguém morre, escutamos por ai: Foi para o céu, Se for marginal foi recebido no inferno. O interessante disso tudo é que nosso céu continua o mesmo, exceto pela poluição, que de espiritual talvez tenha só alguns efeitos na paisagem e nos nossos pulmões... Os lugares mais próximo do paraíso que temos na sociedade contemporânea são as Igrejas,aliás, os "Escritórios religioso" de nosso excelentíssimo "Bispo" o Mago: R.R SOARES. Mas voltando ao foco, tudo fica mais fácil quando se é transmitida uma idéia de salvação após a morte, um novo ciclo, além de ser mais fácil ter alguém ou algo para se culpar, geralmente "Deus", O fato é que muitas revoltas e glórias vividas pela sociedade são atribuídas por essa tal "vontade". Bem, para alguns a idéia de nós sermos apenas seres vivos como outro qualquer é NULA, a idéia capitalista de ser "superior" está presente até nisso... Boa sorte no Juízo final! Ah, siga todos os mandamentos, já sabem o porque né,rs.


O céu não chora

Cadeiras vazias podem sugerir
Pessoas feridas se escondem
Relevam o que não se pode cobrir

Os transtornos são breves
Porém, nossas perdas se perdem no céu
E o infinito fica pequeno
É suportável enxugar lágrimas
Mas como?
Se o céu não chora

Tamanha dimensão nos assusta
Pois a sociedade lhe culpa
De levar alegres pedaços
Deixando simples cacos,
Corações com buracos

Henrique Sant'Anna